5 de dezembro de 2007

Céu

Talvez por estarmos entre os 1700 e os 2100 metros de altitude, talvez por estarmos cercados de montanhas, talvez porque em África a natureza ainda é relativamente espontânea, talvez porque as paisagens cá têm muito espaço por onde se estender…
A resposta exacta não a tenho, mas tenho a observação…do céu do Lubango, dia e noite. Podia dar-me para pior…mas tenho reparado na cúpula celeste.

É enorme a facilidade com que se formam as nuvens aqui, havendo mesmo alturas em que estamos perante mini remoinhos aéreos em suspensão numa clara fuga de pressões atmosféricas (seja lá o que isto for!). Nuvens gigantes e carregadas aparecem, geralmente a hora marcada, por detrás das montanhas e a sua chegada, geralmente, faz-se anunciar com o ronco de trovões assustadores. Nesta época do ano a chuva é quase diária e esta agitação atmosférica é quase uma rotina.
Ao fim da tarde, as nuvens, com a cor alaranjada, desenham formas enormes, fortes e bonitas. Também ao fim da tarde se fazem adivinhar algumas tempestades que vão acompanhar a chegada da noite…nuvens “cinzentonas” que abafam qualquer outra tentativa, por parte de S. Pedro, de nos oferecer estrelas…

À noite, quando as nuvens dão alguma folga, a lua substitui os candeeiros ausentes das ruas. A pouca electricidade que há na cidade e a presença das montanhas faz-nos acreditar que a lua está ali só para nós, ocupando uma grande parte da noite…não nos deixando indiferentes ao seu olhar…

6 comentários:

macaca grava-por-cima disse...

Bem!! Que céu lindo!

Anónimo disse...

Bem, prepara-te para o nevoeiro de Lisboa....

Fada da felicidade disse...

wwindo!

macaca bzana disse...

Também querooooo... aqui muitas vezes nem conseguimos ver o céu com o nevoeiro que tem estado... quero essas nuvens, quero esse céu, quero essa lua!

Joana disse...

Uau, parecem estudos do Turner.

http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/turner/

Assombroso.

Beijinhos
Joana

Luis Cirne disse...

És um romantico!!! Se eu fosse uma gaja apaixonava-me por ti...