20 de agosto de 2009

Pelas ruas da cidade

Como já tive oportunidade de dizer: há um mapa das ruas de Maputo. E não só! Há um mapa de ruas dos centros mais importantes de Moçambique e um mapa, a nível nacional, de estradas. Eu sei que sou suspeito mas, além de me alegrar muito a existência de tantos e variados mapas, Moçambique coloca-se assim num país bastante agradável de visitar. Não é que fique mais agradável de visitar por ter mapas. O país é agradável em si, mas o facto de ter mapas agrada e orienta mais quem o visita.

As ruas e avenidas do centro da cidade são muito geométricas, o que ajuda até os mais despistados, desde que tenham o mínimo de orientação para não achar os quarteirões todos iguais. Um dos truques da orientação, é sabido, são as referências. E neste campo reside o teste para o 2º nível de orientação. É que a cidade tem duas frentes de mar, dividindo-se quase em duas. Uma das frentes, virada ao mar, a outra virada para o canal.

Ao longo de ambas as frentes há uma marginal, que percorre a cidade de uma ponta à outra. Marginal que, infelizmente, tenho que dizer, está esquecida. Uma zona tão grande, virada ao mar tão agradável, dá pena que não seja arranjada e reabilitada. Mas…sou apenas um observador, com uma mera opinião…

O centro da cidade é, por sua vez, preenchido por inúmeras avenidas de cruzamentos geométricos. Algumas avenidas, quais aortas do trânsito, fazem a grande distribuição dos veículos. Depois, num rendilhado de outras avenidas, dissipa-se a circulação fazendo com que, quase nunca, se congestione. Para quem não sabe, em Moçambique conduz-se à esquerda, com volante à direita. Há que passar algumas adaptações: querer fazer piscas e ligar o limpa pára-brisas; fazer máximos e accionar o esguicho; querer meter a 1ª mudança e arrancar em 5ª; sentarmo-nos ao volante e irmos buscar o cinto...ao banco do lado; ter tendência para ir para a “faixa certa” e andar muitas vezes em contra-mão; entrar na rotunda no sentido dos ponteiros do relógio…e mesmo assim, dar prioridade à direita! Este factor é universal…

Depois há os nomes das avenidas. Não só vincadas por personalidades africanas, locais ou datas de referências, também há a politica. Aqui não são esquecidos incontornáveis nomes da escola comunista internacional.

3 comentários:

Isa disse...

Ai meu deus, essa coisa de conduzir "ao contrário" deve ser o nervo! :-)
Beijinhos André!

Joana disse...

o que é o número por baixo do nome da rua?

André disse...

Não sei bem.
Ou numeração antiga...ou uma indicação numérica qualquer!!!