27 de agosto de 2016

Até breve Moçambique



Queria fazer um texto à altura da ocasião: estou a sair de Moçambique, com mais de 6 anos de vivência na bagagem…

Mas que se pode escrever? Seleccionar um “best of” das dezenas de textos aqui publicados? Fazer uma colectânea de centenas de fotos? Encher um texto com clichés!? Prefiro listar factos:

- Percorri milhares de estradas e caminhos. Nem todos apareciam nos mapas…;

- País onde ensinei muitas matérias e aprendi muitas ciências;

- Conheci pessoas fantásticas e horizontes coloridos;

- Terra que me viu casar e me deu a minha primeira sorte (1ª filha);

- Agora vivo com o coração repartido e sinto-me bem com isso.


Não há textos mágicos para uma partida após 6 anos, ou 2, ou 10 ou 20 anos. Quando há coração envolvido há vida. E essa vai ficando na nossa história.


Descansem os (ainda) fãs da Tertúlia, pois o novo destino ainda está dentro do continente Africano, mantendo viva a dinâmica do blog (se o destino fosse fora de África talvez tivesse que mudar o título!). Novidades em breve…

12 de agosto de 2016

20 anos



Reflecti muito antes da publicação deste post. Receei que resultasse num anúncio de venda dum carro, mas ele merece o texto! Em África a marca mais falada é a Toyota e quem por cá anda sabe porquê. Robustos e duradouros. O seu elevado número ajuda na manutenção dos activos, e assim se fazem maravilhas da mecânica. O mercado de 2ª, 3ª e subsequentes mãos domina o mercado automóvel. Autenticas lendas da engenharia. De consumos nem vale a pena falar…



Este nosso belo exemplar fez nas nossas mãos 20 anos de vida. Pega sempre à primeira e o som é sintoma da saúde que transpira. A sua perda de acessórios deve-se também ao voraz mercado de peças, que não olha a legalidades para atingir os seus fins! Nada que umas lâmpadas de frigorífico não resolvam…


Nunca nos deixou ficar mal (e não será depois desta homenagem que o fará!). Com 20 anos, mas com muitas modernidades! Espelhos retrovisores eléctricos, botões variados, AC e airbag SRS, a acompanhar o lançamento desta tecnologia nos idos anos 90. Só lamento porque depois de ua pesquisa, percebi que ainda não o posso considerar de antiguidade. Ainda lhe faltam anos. Mas como me recuso a chamar-lhe de carro velho, refiro-me a ele como relíquia…


O pormenor que me derrete é o espelho retrovisor traseiro. Quais camaras e ecrãs! Com um botãozinho, o espelho aumenta-nos a visibilidade e não nos deixa fazer asneira quando vamos em marcha atrás.


Este animal de palco responde bem tanto em estrada como fora dela. E como é confortável nos solavancos das picadas. Lavado pela manhã, deixa no chão a roupa empoeirada do fim-de-semana e fica pronto para as formalidades citadinas.



A sua robustez faz-me acreditar que as estradas onde vai encalhar ainda não foram inventadas…