30 de agosto de 2011

Duas explicações

Explicação científica

A onda electromagnética é um fenómeno físico que se propaga pelo espaço com movimentos ondulatórios. Esses movimentos envolvem campo eléctrico e campo magnético e desloca-se, no vácuo, à velocidade da luz. Na atmosfera desloca-se a uma velocidade inferior, dependendo das condições da atmosfera. Cada onda tem a sua característica, ficando caracterizada ou pela frequência ou pelo comprimento de onda. O espectro electromagnético está dividido em vários intervalos, como por exemplo a zona do visível, alcançável pelo olho humano; o raio-x, conhecido nos hospitais ou as micro-ondas, que transportam o sinal de telecomunicações que nos permitem falar ao telemóvel.

O sinal de telecomunicações tem um raio limitado, centrado na antena que o emite. Pode sofrer diversos desvios ao atravessar a atmosfera, sendo difractado, reflectido ou absorvido pela ionosfera. Alguns obstáculos físicos, como acidentes topográficos ou construções de determinados materiais também podem perturbar o sinal e fazê-lo dispersar-se, reduzindo a sua qualidade ou alcance.

Se a rede chega, é normal que aconteça, se a rede não chega já se esperava…tudo tem uma razão.


Explicação tradicional

Por algum fenómeno topográfico a rede de telemóvel é acessível apenas, e tão só, numa árvore. Há um vazio de rede em redor, mas na sombra da árvore consegue-se comunicar! Sem compreensão total do fenómeno logo se atribuem poderes sobrenaturais a tal árvore. Cuida-se dela como de um fontanário no deserto. Quando se lhe olha há um respeito divino. Quando se indicam tais propriedades a alguém de fora fala-se baixo para que a árvore não os acuse de exibicionismo, se zangue e um dia se recuse a comunicar. Tentam-se plantar outras árvores noutros locais, mas só aquela, a original, é que funciona. Respeita-se…


16 de agosto de 2011

Algoritmo do buraco


Dirijo o pé direito ao travão, as duas mãos no volante e os braços endireitam-se, tensos. As costas colam-se com mais firmeza ao assento do carro, a cabeça fixa virada para a frente e as pálpebras abrem-se, aumentando o campo de visão. À minha frente tenho o desafio: um troço da estrada, de várias dezenas de quilómetros, cheio de buracos. A velocidade costuma ser sempre um pouco superior à que deveria perante tal cenário e o desafio adensa-se!

Se escolho o buraco maior, a pancada é seca, martelando a suspensão, transmitindo directamente na perna, como se fosse eu próprio a tropeçar. Contraio as rugas da cara, cerro os dentes e semi-fecho os olhos para tentar desculpar-me a mim próprio (ou ao carro) daquela opção. Os buracos grandes têm a vantagem de que geralmente vivem solitários, a pancada é grande mas passa rápido.

Se escolho os buracos mais pequenos, andam quase sempre em conjunto. O volante começa a tremer. O CD que estou a ouvir salta e fico na expectativa de quando é que a música volta. Enquanto isso a trepidação faz-me deslocar do banco e, tentando manter firme o leme reposiciono-me no banco para não deixar de ver a estrada. A música acaba por voltar, entre cortes.

Se há poucos buracos e consigo desviar, não paro de agitar o volante de um lado para o outro. As guinadas têm que ser estratégicas: a amplitude da estrada é limitada, geralmente o piso tem muita areia e as bermas podem oferecer surpresas. Assim, olhos bem abertos, braços tensos e para a esquerda e direita constantemente, até o estômago acusar que está farto de bater nas costelas e o ameaçar enjoo. Aí sigo a direito, atropelando mais uns buracos, sejam grandes ou pequenos, até recuperar saúde para guinar de novo.

Quando o asfalto se mostra demasiado massacrado, mastigado pelas chuvas e cuspido pelo vento, o melhor mesmo são as bermas de terra batida. Vão sendo criadas pelo constante passar do trânsito, mas em nada devem ao planeamento rodoviário. São quase sempre da mesma tonalidade e quando o sol as ilumina de forma homogénea, os buracos passam despercebidos. Muitas vezes só em cima deles é que me apercebo. Tarde demais. Apenas tempo para agarrar firme o volante, cerrar dentes, contrair as nádegas e preparar-me para o salto. Felizmente conto sempre com o cinto que me evita as cabeçadas no tejadilho.

Certo é que evitar toda a turbulência é impossível. É garantido que, com uma estrada destas, passo sempre por muitos buracos. A questão é tentar seleccioná-los! É um algoritmo com uma equação complexa. Maximizar o conforto e a saúde do carro, minimizar as pancadas e guinadas, reduzir o tempo do percurso, aumentar a qualidade da viagem e manter as costas sãs…


2 de agosto de 2011

Vistas aéreas


A CAMINHO DA ILHA DE VAMIZI...



PRAIA DO WIMBI, PEMBA

NOSSA CASA EM PEMBA

DAU...NA IMENSIDÃO


QUEIMADAS DESCONTROLADAS

ILHA, AMOR E UM BARCO





AEROPORTO DO IBO





FAROL DO IBO

À BEIRA MAR PLANTADAS


ILUSÃO?

SONHO?




ESTÁDIO DE PEMBA

CENTRO DE PEMBA

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