20 de novembro de 2015

A idade é posto

A cultura africana respeita a velhice. Com as várias palavras que existem, ouvem-se os cotas e respeitam-se os mais velhos. Quando o cabelo pinta de branco, o estatuto é outro, já é maduro… São eles que ponderam e decidem o nome dos bebés da família. Ouvem, opinam, dão conselhos…e educação. Educam os filhos da família, mesmo que não sejam os seus. Não hesitam em dar uma chapada a um miúdo, sem complexos da linhagem. É a geração mais velha que ensina a próxima geração.

Infelizmente na Europa, ou países desenvolvidos no geral, a 3ª idade parece ter-se tornado um peso. Muitos idosos vivem a cumprir sina, sem muito estimulo para entreter a caminhada. Pesam no sistema de saúde, nas pensões…enfim, os males do mundo civilizado. Em vez de serem ouvidos, são calados ou ignorados.

A verdade é que tudo o que vivemos, os mais velhos já passaram. Mais ou menos tecnologia, esta ou aquela influência, as linhas gerais da vida mantêm-se há milénios.

Não queria por isso deixar de homenagear a Lídia, pois confesso que, a conversa de cerca 20 minutos, deixou-me nostálgico.


A velha Lidia não se lembra da idade, não sabe ler e nunca soube a data de nascimento. Resta-lhe uma casa de chapas e um pequeno terreno à volta. A idade é indecifrável. Pode ter 90 ou 70 muito gastos… A forma como come ou veste depende da boa acção dos vizinhos. Não tem machamba nem animais, mas ainda hoje limpa o terreno à volta da casa. Como não se aguenta de pé, varre de joelhos! Mexe-se com muita dificuldade, apoiada num cajado, que já um dia falhou e lhe deu uma “medalha” no braço, cuja cicatriz mostra com orgulho.


Os olhos parecem cheios de cataratas, de tanto azul que brilha. Não sabemos o que vê, mas expressa-se com clareza. No meio da conversa vai sorrindo, mesmo com as pancadas da vida que vai relatando. Um sorriso desdentado, um sorriso que empurra as rugas a tapar os olhos, um sorriso trémulo e silencioso, mas um sorriso! A pele, não sei se seca, se enrugada, parece-se mais com escamas, que ainda permitem que os ossos estejam juntos.


Em Moçambique com esta idade, as pessoas já passaram pela colonização, guerra, fome e doença. Aliás, são poucos os que chegam a esta idade! Os que chegam são História viva.

Ali estava a Lídia, uma força da natureza, a percorrer o destino em vez de cumprir sina…

Obrigado pelo inspiração.


15 de setembro de 2015

Lobolo

Fomos convidados para um Lobolo. Aceitamos com todo o prazer e, claro que tamanha tertúlia não podia escapar à Tertúlia Africana.

O Lobolo é uma cerimónia de casamento tradicional, comum na zona sul de Moçambique. Esta é uma cerimónia com enorme peso a nível social. O Estado assume esta forma de casamento, pelo nível de aderência e importância que tem, embora aos olhos da lei, nenhum documento seja assinado. A assinatura na conservatória é um momento de menor importância na vida do casal. Já vi inclusive casais a assinarem na conservatória à hora de almoço e voltarem ao trabalho à tarde!

No Lobolo o noivo tem que apresentar musculatura financeira, mostrando à família da noiva que é capaz de tratar da filha deles e dos descendentes que surgirem da união.
A família da noiva é paga pela “perda” da filha e inclui uma multa por cada filho que tenha nascido antes. Assim, a família da noiva faz uma lista do que pretende, embora a tradição tenha vindo a mudar com o passar dos tempos e muda de família para família. A lista pode incluir refrescos, capolanas, cabeças de gado, fatos para a cerimónia, etc… Nos tempos modernos, e com o crescer da economia, pode-se ouvir falar numa boa garrafa de whiskey, computadores, carros e até casas…!Muitos noivos, naturalmente, levam algum tempo, alguns meses, senão anos até conseguir avançar…

Consomado o Lobolo, o homem fica com direito a tirar a mulher de casa e levá-la para junto da sua família. Tem peso na dignidade da mulher, pois seguindo de forma rígida a tradição, esta fica numa posição frágil, tipo objecto de pertença. É que por vezes o homem trata-a como sua propriedade, o que dá lugar a tratamentos humanos menos próprios.
No fundo, o Lobolo rege-se por 3 principais regras. É claro que com base nestas regras, há variante mais ou menos rígidas, consoante os costumes locais e rigorosidade das famílias. As regras são:


Se marido morre
A noiva pode continuar na casa do marido a cuidar dos filhos, caso este morra. Ao mesmo tempo, a família do marido fica responsável de encontrar um membro masculino da família, que possa velar pela viúva e poder ter filhos com ela.

Se esposa morre
“Se a esposa morrer ainda jovem (sobretudo se deixar filhos menores), a família dela oferece ao seu genro uma menina para cuidar de seus sobrinhos que serão agora seus filhos e ela passará a ocupar o lugar da sua falecida irmã no lar.”, em Carlos Serra 

Se existe divórcio
Em caso de divórcio, a mulher fica sem os filhos e o lobolo tem de ser devolvido. Ou seja, tudo o que foi gasto na lista da família da noiva e na festa, terá que ser devolvido ao noivo!


Se não houver sequer casamento, quando a mulher morre sem ser lobolada, ninguém pode enterrar o corpo. Fica sem cerimónias fúnebres. Nem o marido viúvo pode enterrar a esposa. Antes de o fazer precisa de cumprir a sua obrigação, sob pena de ser reprovado por toda a comunidade. Enfim, crenças diferentes, talvez estranhas, embora ganhemos muito mais em respeitá-las do que em repudia-las.

Mas descansem os que clamam por igualdade de género. Admito que o cenário que escrevi coloca a mulher numa posição frágil, por vezes impotente. No entanto, no norte de Moçambique existem casamentos semelhantes, mas o papel do homem e da mulher invertem-se. Isso mesmo, a mulher é que demonstra a musculatura financeira e todo o restante procedimento segue…também invertido…

E agora the show must go on, vamos à festa do Lobolo…

Quando chegamos, as mesas invadem a rua. Pouca importância tem, pois a vizinhança juntou-se à festa! E que relevância tem uma mesa torta, ou uma cadeira assente em três pernas? O importante é celebrar a união e fazer a festa.



A Bia desde o início cativou a atenção das mamãs. Algumas apressaram-se a pedir emprego de babás…


 A Bia foi a primeira a ser servida, na mesa da cerimónia mas a comer a sua papinha.


 Enquanto isso, na cozinha tudo aquece à lenha. Devagar, ao ritmo da brasa, frita-se, coze-se, refuga-se… O ajuste da lenha requer mestria, pois um fogo mal gerido é o descalabro da cozinha!


 Todos ajudam. Uma equipa de vizinhos, família e amigos, que não deixa por mãos alheias a preparação da ementa. Arroz, massa, xima, frango…tudo sai daquelas panelas!


 Não falta a chamussa e o rissol, fritos no fogo. Roubo umas chamussas enquanto fotografo a logística…

 A noiva entretanto vai sendo preparada. Vestida, maquilhada, com anel no dedo muito brilhante, pousa para as fotos e cumprimenta os visitantes.


 Num exercício teatral, espera o seu noivo, triste. É que segundo soube depois, a tristeza faz parte da postura da noiva nestas situações. Tradicionalmente está a ser comprada, e levada para outra família, a do futuro esposo. 


O noivo chega com o seu clã. Munidos de refrescos, comida e um bouquet, acompanham o noivo que vem em missão de compromisso. Vem pedir aceitação da parte da noiva. A acompanhá-los um coro que dá uma mística fabulosa à cerimónia.


Ao sinal de um beijo está tudo selado. O noivo manda avançar o seu exército e a noiva acolhe-os todos na sua casa.


Começa a festa com toda a gente. Mais uma vez, os coros dão uma força, que faz acreditar que o chão mexe, obrigando-nos todos a dançar. Ora apreciem…



 A Bia nesta altura já andava de colo em colo, com todos a admirarem a “bebé chinês”.


É notória a desproporção entre pessoas e cadeiras, mas ninguém se importa em participar na festa de pé.


 Bolo, champagne, brindes e música bem alto, com uma coluna mesmo nas costas, daquelas a debitar distorção!


Durante o almoço procede-se à entrega de presentes. Com discursos e mensagens, os grupos dos vizinhos, amigos, família, etc, vão entregando em mão aos noivos. Tudo termina cedo, pois no dia seguinte a festa continua, na casa do noivo…

17 de agosto de 2015

Segundo casamento

Agora que começo a escrever este texto é que me vem à cabeça o ditado "não há duas sem três". Acho que teremos que organizar uma qualquer forma de casamento em Moçambique!

Mas para já vou contar a história do segundo casamento, com a mesma mulher (já por si um feito!). Abstraiam-se do que sabem sobre casamentos…aqui estamos numa cerimónia oriental.


Nenhum dos noivos sabe o que se vai passar, apenas sabem que têm que se aprontar para estar à altura de tal cerimónia. Noivo e noiva vestem-se no mesmo local, ajudando-se um ao outro inclusive para que a roupa fique composta.




A Bia também teve direito a vestimenta. Mas não parece estar satisfeita…


O “guiché de pagamento”! OS convidados começam a cerimónia passando por esta mesa e dando a prenda aos noivos, em formato monetário. É registado o nome e valor da pessoa num caderno e em troca esta recebe uma senha, que lhe permite ir ao restaurante comer a refeição.


Muitas das pessoas, aliás, fazem mesmo isso, e vão directos à mesa. Mas aqui tivemos sorte, pois casamentos com estrangeiros não são comuns, então aderiram mais ao “espectáculo”

 A Bia ainda tinha fita, mas o vestido há muito que tinha sido rejeitado. Chorava desalmadamente.

 Momento para as fotos de família, devidamente trajados…já sem Bia!



A entrada do noivo teve pompa e circunstância! Carregado numa liteira por membros da família da Yumi, eis que entrei principescamente no recinto de casamento. Não me perguntem o porquê da bandeira vermelha, pois até hoje desconheço o significado. Só tinha que a ter erguida em frente à cara…


 A primeira tarefa do noivo é fazer a vênia ao sogro, mostrando respeito e compromisso.


 Aquilo que eu achava que era um pato, soube mais tarde tratar-se duma gaivota. Ofereci a gaivota ao futuro sogro, com duas mãos, acompanhado de vênia…


 Foi a vez da Yumi entrar, numa liteira ainda mais pomposa! Os mesmos desgraçados a carregar…

 Vou buscá-la e fazemos a vénia, mostrando lealdade. Nada de aproximações, com as cabeças a um metro de distância foi o que de mais sensual houve naquele momento.


 Começa um ritual com a noiva e o noivo em cada lado do altar, que tinha duas galinhas vivas em cima (ainda pensei que a dada altura teríamos que decepá-las, mas não…sobreviveram). Entre vénias, comida e licor de arroz, vão-se passando promessas para desejar boa sorte ao casamento.

  

Casados, lado a lado (nada de beijo), pousamos para a foto de família, agora alargada.


 E os noivos deixam o recinto, já lado a lado. Não há mãozinha dada pois a Yumi ainda tem que carregar o pano ao peito. Também ainda não há beijinho…


 Nem vestido, nem fita. A Bia continuava a chorar. Como as mulheres da família tinham penteados ornamentados e maquilhagem, a Bia não reconhecia nenhuma delas, nem a mãe! Só acalmava ao colo dos homens.


 Então, ao colo do pai lá acalmou. E a mãe prosseguia com as cerimónias sozinha. Atrás duma mesa cheia de comida, a família ia deixando desejos de saúde e boa sorte.




 A comida coreana é absolutamente deliciosa, muito variada e servida em pequenas taças. O nosso prato principal é apenas arroz branco e os acompanhamentos são ao sabor do desejo. Muitos vegetais e também muitos picantes, geralmente acompanhada com cerveja e soju (licor de arroz) cuja a mistura acelera e intensifica o efeito da cerveja!


 Em terras orientais, não podia falhar…o Karaoke…


 …a que nem mãe e nem filha resistiram.


 E o comboio! O comboio faz a ligação entre a estação de Santa Apolónia e o apeadeiro de Daegu. As culturas podem ser muito diferentes, mas há coisas que são transversais. O comboio é uma delas, quem diria?


13 de julho de 2015

Paralelo 38


Sobre a zona desmilitarizada da península da Coreia, existem muitos sites que podem ser consultados. Explicam o contexto, detalham mapas, etc…

Aqui escrevo-vos a minha opinião pessoal sobre o paralelo 38: é dos locais mais estranhos que alguma vez visitei! 

E a estranheza começa pelo nome, pois a “zona desmilitarizada” é, na verdade, uma das áreas mais militarizadas do mundo. Milhares de soldados estendem-se ao longo dos 250 km da fronteira. Fortes gradeamentos, arame farpado, casamatas de vigia, representam a ponta do iceberg, que naturalmente deverá consumir milhares de dólares anuais.


Outro factor de estranhar é uma divisão naquilo que, para muitos Coreanos (pelo menos os do sul, pois nunca consegui falar com um do norte) é o mesmo país!

A fronteira é difícil, mas não impossível de passar. Com autorizações especiais, argumentos fortes, é possível obter um visto. Dizem os relatos que, uma vez lá dentro, todos os movimentos são controlados, e só vemos o que eles querem. Já para os norte coreanos, é absolutamente proibido passar. Os que o fazem são desertores em desespero, e assim o são os cerca de 30 mil que fogem todos os anos para vários países.

Número de desertores da Coreia do Norte que chegaram à Coreia do Sul.

Aqueles que fogem para a Coreia do Sul têm uma dura etapa pela frente. Imaginem a competitividade num país pouco maior que Portugal, com quase 6 vezes mais população. A preparação social dos norte coreanos está a milhas de distância do ritmo frenético da Coreia do Sul. Imaginem-se transportados de repente para daqui a 200 anos…

De forma fácil é possível visitar a fronteira, na zona de Panmunjom. O acesso faz-se no que chamam de joint security área, um ponto de controlo, e esporádicos encontros entre os dois países. Diversas agências turísticas fazem incursões lá…

O passeio podia caracterizar-se por uma palavra: Restrição!

Restrição de roupas, pois não pode haver calças de ganga com rasgões, decotes ou ombros de fora. As cores devem ser esbatidas e, de preferência, iguais em cima e em baixo, tipo uniforme de fábrica!

Restrição de movimentos pois parecemos gado. Felizmente não nos batem com a vara, mas dão-nos continuamente instruções para entrar e sair do autocarro, andar pela direita e em fila indiana, parar ao sinal. De repente somos recrutas, quando apenas queríamos fazer turismo. Mas afinal, é a zona mais militarizada do mundo, há um certo contágio…

Restrição de fotos, desde a saída de Seoul que somos avisados: “nada de se porem de pé para tirar fotos”; “se tiram fotos proibidas terminam o passeio de todos”. A nossa máquina fotográfica fica a tremer, pendurada no peso dos ombros.


Muitas vezes me perguntei: “Como é possível visitar zona tão tensa?”. Não é comum visitar uma fronteira, geralmente só as passamos, e ainda por cima esta está fortemente armada. Qualquer dia em vez de ver ataques na televisão, parece que podemos montar bancada num teatro de guerra e assistir. À hora de descanso ainda deve dar para tirar umas fotos junto dos tanques! É um misto de suspense, com surpresa por ser um local, apesar de tantas restrições, visitável.

A dada altura trocamos de autocarro: de um banal que nos trouxe de Seoul, mudamos para um autocarro das Nações Unidas. Lá dentro um soldado com cara de poucos amigos, com a missão de nos observar o tempo todo. Aqui mais uma incongruência, se levarmos à letra a expressão “Nações Unidas”. As nações unidas aqui envidam esforços para manter duas nações desunidas.

Extremamente controlados, em fila indiana, somos levados a ver o que se considera o ponto mais tenso, o ponto de contacto mais próximo com a Coreia do Norte. É aqui que se encontra a sala de reuniões entre as duas Coreias. Uma sala que fica com uma metade para cada lado, com a linha de fronteira no meio (tecnicamente pisei a Coreia do Norte).


Quando entramos nesta sala pedem-nos para não tocar em nada, como se a pouca mobília que lá está tivesse radioactividade. Olhamos bem por onde andamos e analisamos uma sala absolutamente banal, não fosse o seu simbolismo.


Dois militares “estátua”, de óculos escuros para evitar o contacto, estão a vigiar a sala. Muito sérios, fiéis, guardam uma parte da fronteira. Aqui entra pela primeira vez a parte lúdica e, mesmo em sentido, consentem tirar umas fotos com os visitantes, que se apressam nas selfies


Mas cá fora as fotos voltam a ser controladas, e recebemos a instrução de que só se aponta na direcção norte! Quem tira uma selfie com o telefone tem os militares à perna a querer inspecionar o telefone, pois a lente principal estava virada a sul.



Nesta zona os militares observam-se em permanência. É a espionagem às claras. Homens que passam o turno todo de pé, em sentido, a olhar para o outro lado da fronteira. Assim se passam os dias numa eterna monotonia, e ainda bem, pois se ela é quebrada, é sinal de abrir fogo!



Depois metemo-nos (ou metem-nos) no autocarro e circulamos mesmo junto à linha de fronteira, onde se avistam duas aldeias, uma de cada lado. Passamos pela “ponte sem retorno”, com as copas das árvores desgovernadas a substituir o nevoeiro, que engole as pessoas nas despedidas. Nesta ponte só se passa uma vez...


Do outro lado mostram-nos a “aldeia de propaganda”. Como não podemos tirar fotos, tive que “googlar”. Casas aglomeradas, mas dizem-nos que nem janelas têm. Uma bandeira orgulhosamente exibida numa gigante torre feita para o efeito. Não se vê movimento nenhum, nem parece haver vida do outro lado.


Se repararem na imagem aérea, podem analisar com os vossos próprios olhos. Muitas casas, sim, organizadas, sim, mas sem sinais de vivência. Ou então é uma vila anti-carro! Porque, em contraste com a cidade de Kaesong, mesmo ali ao lado, não há vias asfaltadas.

É curioso ver, no meio das duas Coreias, os campos cultivados, impecavelmente trabalhados. É um esforço de louvar, em terreno tão hostil, pois há nesse mundo terra fértil em ambiente de paz, onde não se lança nem uma semente…


O rebuscado da História é que a guerra entre as duas Coreias, que começou em 1950, oficialmente ainda não terminou. Os dois lados assinaram um cessar-fogo, mas nunca um sólido acordo de paz. Por isso todo este aparato, para que se observem mutuamente e em permanência, para responder de imediato a alguma quebra do cessar-fogo.


Numa área de serviço, a caminho de Seoul, já fora do ambiente sisudo da fronteira, reina o humor. Uma foto a simular a fronteira e cabides com roupa militar variada.


Receamos estar a ser observados do outro lado da fotografia, mas mesmo assim fardamo-nos e tentamos um acordo de paz. Sorriso, aperto de mão, e por nós estava resolvido! Infelizmente, ao que sabemos pela imprensa e comunicações oficiais, o nosso esforço diplomático ainda não surtiu efeitos…

Não sei quando será, mas acredito que um dia as fronteiras abrem e vemos o drama que se esconde no lado norte da fronteira. E aí faremos contas ao esforço de manter esta linha militarizada e às vidas ceifadas sem motivo…