17 de março de 2012

MachambaVille

Quero dedicar este post a todas as pessoas que me convidam para o FarmVille do Facebook. Quero explicar-lhes porque não adiro, porque não cultivo nos campos abstractos do mundo cibernético. Não que não saiba o que é ou esteja ausente da internet. Até tenho agora a melhor internet dos últimos dois anos da minha estadia nesta casa.

Estou ciente das vantagens da cultura virtual. Sem calejar as mãos em nenhum instrumento poderia plantar várias culturas em grandes extensões. Sem suar nenhuma camisa de flanela poderia ver e competir com o que os outros agricultores fazem.




Não o faço porque estou ocupado com uma machamba pá!

A caixa mágica de que vos falei há uns tempos, continua a fazer magia. Apesar da rigorosidade climatérica dos trópicos, com chuvas intensas e impiedoso sol, ela faz o seu papel: produz composto biológico. Fá-lo tão bem que ela própria dá o corpo ao manifesto e se vai decompondo, numa luta acesa entre madeira e bicharada.



É certo que teve alguma cosmética. Remendos de madeira para suster a estrutura, cordas para manter as partes juntas, mas continua a mastigar “lixo” e a produzir comida biológica que, toda a verdura à sua volta, adora!

 


 

Trago-vos uma viagem ao pormenor do cultivo duma machamba que, na prática, nunca está oficialmente em pousio.



MELANCIA


ABÓBORA



MANJERICÃO em doses industriais



CHÁ PRÍNCIPE, cujo caule, aprendi há pouco tempo, também se cozinha!


TOMATE


MILHO




PAPAIA



RÚCULA


ATA


PIRI-PIRI




A caixa continua no mesmo local, do lado esquerdo, mas agora em calma admiração: do que o seu composto fez, e do que irá comer após a colheita...






7 de março de 2012

Postais do Laos


Laos é um país calmo. País de estradas esburacadas, paisagens selvagens e verdes, oferece um cenário bem diferente dos “monstros de turismo” vizinhos...



Em Luang Prabang, à beira do rio Mekong: com trânsito náutico, pontes manuais e templos misturados com a natureza.




                                     




Cerimónia budista, em pleno templo. Cada monge tem o seu tabuleiro, come em silêncio e é observado pela população...curioso!


Curso de culinária com receitas do Laos. A primeira parte da aprendizagem foi uma visita ao mercado com o professor. O gajo explicava pouco, mas eu quase não queria ouvir. Eu parecia criança em parque de diversões, atraído pelas cores, apetecia-me experimentar tudo.






Wok, tacinhas, facas, vegetais, molhos e receitas e zás...lição aprendida. Aprendida mas não decorada que eu sou mais adepto da confecção a gosto.


Ainda aprendemos a fazer “sticky rice” que, à letra, é arroz pegajoso, um elemento base na alimentação asiática em geral.



Foto para recordar os pratos produzidos.




Acção!



Já na capital, Vientiane, fomos visitar o pai ZéTó, que lá estava de passagem a conhecer o mundo oriental. Do famoso tuk-tuk, às massagens de reflexologia, até à comida de rua. Tudo isso era novidade para o meu pai e foi um prazer partilhar com ele.





E com tem vindo a ser tradição familiar, mais uma fronteira, desta vez a beber uma Beer Lao no pôr-do-sol sobre o rio Mekong e com a Tailândia na outra margem...







De tuk-tuk, templo em templo e uma foto no arco do triunfo, Laosiano...