É de facto preciso
ter um sentido de humor muito descontraído, para dar a classificação de “My
Love”. Na verdade trata-se de uma das formas menos humanas de transportar
pessoas. Surgem numa coincidência de variáveis:
1. O fluxo crescente de pessoas que diariamente
têm que entrar e sair da cidade de Maputo;
2. Escassez de transportes fechados (machibombos
ou chapas).
O resultado dá em pessoas transportadas em caixas abertas! Este tipo de transporte foi proibido no passado, mas neste momento não há como negar: a pressão das pessoas que têm que ser transportadas é enorme!
Agora vem o humor.
“My Love” surge do facto de, à falta de locais para cada um se agarrar, as
pessoas têm que se abraçar, dar as mãos, encostar. Tudo isto com pessoas que,
na sua maioria, se desconhecem. Certamente surgirão casos, uns mais
transparentes que outros, no caminho percorrido, mas o desconforto deve ser
muito. Quando chove os passageiros só podem semicerrar os olhos para minimizar
a quantidade de água na vista. Evitar molhar a roupa e pertences é tarefa
inglória.
Alguns dos “My Love”
soldam uns ferros, para prolongar as laterais, para que as pessoas se apoiem e
vão todos de pé. Não quero parecer profeta da desgraça, mas um desses apoios
ceder é uma desgraça generalizada...
A própria Yumi
participou neste movimento de “My Love” há uns tempos. Uma estranha forma de
amor, pois tinha um rabo espetado na cabeça, mas o amor não olha a esses pormenores...apenas
existe...
4 comentários:
ou a cabeça dela espetada no rabo... depende da prespectiva, my love ;-)
ahah tadinha da Yumi :D
Xuxa, ainda bem que o senhor näo tinha comido feijoada, senäo o "my love" teria sido pior :P
mulher corajosa...
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