É um fenómeno muito comum aqui por Moçambique. Quando se
paga alguma coisa, não há troco. Não interessa o montante envolvido, o que é
certo é que não tem. Não há! Mas há...
Há leis que protegem o consumidor. Daquelas que obrigam a
que o troco seja dado em dinheiro, se o pagamento foi feito em dinheiro. O
código civil obriga as lojas a arredondar para baixo, na falta de troco, etc... Mas
enquanto não se estabelecem por aqui essas regras, as soluções são outras.
Podemos até andar com trocos, meticulosamente guardados. Ter
as notas organizadas por cores ou montantes, mas não queremos dar. O jogo é
mútuo, só que no momento da compra não nos lembramos disso. É que aquela
colecção que levamos na carteira deu muito trabalho a juntar. Nunca se sabe
quanto tempo pode demorar a ter a mesma sorte. Vamos tentando gerir, com notas
mais elevadas, para fazer a manutenção do espólio, mas mais cedo ou mais tarde,
temos que fazer uso dos trocos...
Pode-se sempre aproveitar para vender mais alguma coisa,
acrescentar um produto. A chamada “bacela”. Mas esta está institucionalizada...
A bacela já é uma forma de negociação só por si. Acho até que os preços estão
num patamar de especulação, já a pensar na troca final. Mais um limão, uns rebuçados,
2 jornais em vez de 1, uma bolsa pequena, um brinde, enfim...até acaba por ser
uma boa solução.
Ou vamos embora, desistindo do troco, mesmo sabendo que
injustamente o vendedor vai lucrar. É que às vezes o tempo abranda na hora de
ir buscar troco. Depois são várias as estratégias que se fazem para nos iludir
que estão à procura de dinheiro mais pequeno. Nada!
3 comentários:
Paga só :)
ahahahaha, aprenderam connosco a pedir o troquinho, e desenvolveram a técnica :D
"Desculpe senhor, mas não tem mais moeda na caixa, só nota, e faltam ainda 20 meticais." :-)
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