Sempre admirei capacidade de fazer negócio dos Africanos.
Onde menos se espera há sempre o produto que precisamos à venda. Se chove, por
exemplo, aparecem tantos guardas chuvas que nos faz pensar onde estiveram tanto
tempo escondidos. A cultura da venda ambulante é uma cartada de marketing que
tem vitória certa. Ao deambularmos pela cidade vamos encontrando sempre
produtos que precisamos mas que, no momento, não estávamos a pensar neles.
Óptimas oportunidades para comprar coisas nos semáforos, ou enquanto bebemos
uma cerveja numa esplanada.
Maior parte das vendas é de coisas materiais, embora também
haja muita fruta boa. A questão por resolver era o almoço, que só de fruta o
Homem não se aguenta. A realidade à hora de almoço era:
1.
Poucas opções de refeições razoáveis a bom
preço;
2.
Demora no serviço;
3.
Trânsito da cidade que não deixa ir a casa
comer.
Eis que têm vindo a surgir as refeições volantes. Panelas e
pratos de plástico na bagageira dum carro nalgum ponto da cidade. Estão
espalhados um pouco por todo o lado, garantindo que todos fazem negócio.
Geralmente há opções de escolha, entre carne e peixe ou arroz e xima. Até
saladas se encontra. É uma refeição digníssima por ~2,5 euros que conforta a
meio do dia.
No sudeste asiático é tradição. A
comida espreita a cada esquina e não se espera mais do que 15 minutos por uma
refeição. Maputo parece seguir as pegadas, tendo agora sérias alternativas às
bolachas, badjias ou amendoins, usados para enganar a fome...
A higiene poderá ser o ponto fraco, mas o esquema costuma
ser de tentativa e erro, provando e ficando atento a mais diarreia, menos
diarreia. Sem diarreia sabemos que é a escolha certa e passa a ser o nosso
restaurante ambulante de preferência.
2 comentários:
ou a necessidade faz o engenho. e se alguma vez te imaginarias a comer assim, da bagageira de um carro? :) viajar tb é quebrar barreiras e morar fora é sobreviver a isso :D
Bjos
Bem que andavas a estudá-los.
Quando experimentares conta-nos.
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