Há uma certa rivalidade instalada entre as ilhas em Cabo
Verde. Os argumentos para esgrimir razões são vários: a ilha é especial, a
comida é melhor, o sotaque é o mais correcto, este ou aquele famoso nasceu lá,
etc… Rivalidades naturais em todo o mundo, e que também se reflectem neste país com 10 ilhas, mesmo que a distância interna máxima seja apenas de 300Km. Cada um puxa a morna à sua ilha e querem beber o grogue caseiro.
Mas a palavra “Santo Antão” (Sintanton em crioulo) parece mudar a expressão das pessoas. Há um
ternurento consenso entre todos quando escolhem os adjectivos para descrever a
ilha. Quem lá esteve diz com convicção. Quem ainda não visitou, já ouviu falar
e elogia na mesma. Parece ser um antídoto que adormece a rivalidade que se
discutia acesamente. Todos gostam!
Uma agradável surpresa, pois ter consenso de elogio de
várias pessoas é coisa rara! Porque raio ninguém fala mal de Santo Antão? Foi o
que fomos descobrir, e partilhamos. Nem pelo facto de ser das poucas ilhas onde
não há aeroporto e só se chegar de barco, nos desmoralizamos na missão…
Pode-se resumir Santo Antão em 3 cores: castanho, verde e tudo rodeado de azul.
O sénior barco "ARMAS" leva-nos de São Vicente a Santo Antão.
Ao fundo, as escarpas e o capacete de nuvens de Santo Antão.
Chegados a Santo Antão, desde cedo percebemos que o relevo nos empurra para ladeiras íngremes, sem alternativa e com atalhos ainda mais exigentes.
Ladeiras sem limite de idade.
No alojamento, room with a view, em tons de verde.
Uma homenagem à Suiça em pleno oceano atlântico.
O açucar da cana, a cana da agricultura e a agricultura da cana...do açucar. Por todo o lado nesta época.
Canas que acabam num complexo laboratório de produção de grogue, importante fonte de rendimento em Santo Antão.
E mais verde...
...e mais ladeiras...e mais canas...
A vertiginosa aldeia de Fontainhas. Visão impressionante...
Passeios à beira mar, mas a umas boas dezenas de metros de altitude.
As áreas com espaços horizontais são escassas, de maneira que qualquer centímetro é importante, mesmo que se roube um pouco à praia de pedras. Estender toalha aqui só mesmo por motivos terapeuticos.
Delgadinho: Vista
deslumbrante, quando o clima permite... Haja imaginação, quando o clima não
permite.
Vista deslumbrante...ponto!
2 comentários:
Obrigada por partilhares! Fiquei cheia de vontade de ir conhecer. Não fosse o Zika... mas no próximo ano tem de ser! E que crescida que está a princesa!
(um) beijo de mulata
Que grande surpresa!! Entra a Madeira e a Islândia, certamente mais quente.
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