12 de junho de 2017

Sintanton é sabe


Há uma certa rivalidade instalada entre as ilhas em Cabo Verde. Os argumentos para esgrimir razões são vários: a ilha é especial, a comida é melhor, o sotaque é o mais correcto, este ou aquele famoso nasceu lá, etc… Rivalidades naturais em todo o mundo, e que também se reflectem neste país com 10 ilhas, mesmo que a distância interna máxima seja apenas de 300Km. Cada um puxa a morna à sua ilha e querem beber o grogue caseiro.

Mas a palavra “Santo Antão” (Sintanton em crioulo) parece mudar a expressão das pessoas. Há um ternurento consenso entre todos quando escolhem os adjectivos para descrever a ilha. Quem lá esteve diz com convicção. Quem ainda não visitou, já ouviu falar e elogia na mesma. Parece ser um antídoto que adormece a rivalidade que se discutia acesamente. Todos gostam!

Uma agradável surpresa, pois ter consenso de elogio de várias pessoas é coisa rara! Porque raio ninguém fala mal de Santo Antão? Foi o que fomos descobrir, e partilhamos. Nem pelo facto de ser das poucas ilhas onde não há aeroporto e só se chegar de barco, nos desmoralizamos na missão…

Pode-se resumir Santo Antão em 3 cores: castanho, verde e tudo rodeado de azul. 



O sénior barco "ARMAS" leva-nos de São Vicente a Santo Antão.



 Ao fundo, as escarpas e o capacete de nuvens de Santo Antão.



Chegados a Santo Antão, desde cedo percebemos que o relevo nos empurra para ladeiras íngremes, sem alternativa e com atalhos ainda mais exigentes.




Ladeiras sem limite de idade.




No alojamento, room with a view, em tons de verde.



Uma homenagem à Suiça em pleno oceano atlântico.



O açucar da cana, a cana da agricultura e a agricultura da cana...do açucar. Por todo o lado nesta época.


Canas que acabam num complexo laboratório de produção de grogue, importante fonte de rendimento em Santo Antão.



 E mais verde...




...e mais ladeiras...e mais canas...






A vertiginosa aldeia de Fontainhas. Visão impressionante...



 Passeios à beira mar, mas a umas boas dezenas de metros de altitude.




As áreas com espaços horizontais são escassas, de maneira que qualquer centímetro é importante, mesmo que se roube um pouco à praia de pedras. Estender toalha aqui só mesmo por motivos terapeuticos.



 Delgadinho: Vista deslumbrante, quando o clima permite... Haja imaginação, quando o clima não permite.




Vista deslumbrante...ponto!


2 comentários:

beijo de mulata disse...

Obrigada por partilhares! Fiquei cheia de vontade de ir conhecer. Não fosse o Zika... mas no próximo ano tem de ser! E que crescida que está a princesa!

(um) beijo de mulata

Bichocao disse...

Que grande surpresa!! Entra a Madeira e a Islândia, certamente mais quente.