Esta curta história pode parecer uma anedota, mas ainda se transforma numa inspiração de anúncio publicitário. Passa–se num Domingo daqueles quentes, húmidos e solarengos, durante um passeio na província de Cabo Delgado, quando ainda se circulava livremente pelos seus caminhos e atalhos.
A dado momento apanhamos um barco de pescadores para fazer
uma travessia. Na conversa descontraída, em inglês, com amigos de várias
nacionalidades, interveio um senhor que estava no barco. Ainda hoje não percebi
se era pescador, se também ia na boleia, mecânico ou animador turístico.
- Speak English? Me too... – lançou animado
- Ok. – respondemos seco, sem saber o que queria com aquela entrada repentina
- Digam-me palavras em Português, que eu traduzo – sugeriu o homem
Ficou evidente que, por algum motivo, o homem queria
praticar inglês. Seria sempre livre de entrar na nossa conversa, mas preferiu
um mano a mano de vocabulário. Pois bem:
- Barco – lançamos nós
- Boat – diz ele prontamente
- Árvore
- Tree
- Fósforos
- Matches
O inglês dele parecia enferrujado, a articulação esforçada, mas
a tradução não falhava de facto. Dava resposta a tudo. Ainda no jogo, lançámos:
- Óculos escuros
Com gingar confiante e um comentário introdutório “ah…essa é
fácil”, respondeu: Ray-Ban!
Risada geral a bordo…
No final do anúncio poderia aparecer um slogan do tipo:
“QUANDO A MARCA BAPTIZA O OBJECTO”
2 comentários:
Eheh exemplos não faltam, da Bic à Gilette e, pelos vistos, ao menos nessas paragens, Ray Ban já atingiu esse irónico estatuto 😁
Digo, iCónico estatuto
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