1 de setembro de 2018

Generosamente Pedro


O destino quis levar-te demasiado cedo com tanto ainda por dizer e fazer. Resta-me aceitar e saborear as tantas e tão boas memórias que tenho de ti.



Nesta despedida física, de tanto adjetivo que se tem usado para te caracterizar, há um que foi unânime: generoso. É nele que pego para te agradecer.

- A generosidade do teu sorriso inigualável. Sorrias com todo o rosto, contagiando  boas energia e outros sorrisos;

- A generosidade que te permitia sempre ter uma palavra construtiva sobre qualquer pessoa;

- A forma generosa com que vias a beleza dum desafio do caminho, onde muitos apenas reclamavam dum trilho sinuoso e cheios de pedras;

- Quando partilhávamos alegrias, tinhas a generosidade de substituir as palavras que não te saiam pela garganta trémula com um abraço. Um abraço grande, demorado, de veludo, que tanto dizia sem uma única palavra;

- A generosidade que te afligia se não conseguias soluções humanas e simples para problemas grandes no trabalho;

- A generosidade que te deixava feliz com a presença ou a felicidade dos que amavas;

- A generosidade com que agradecias cada dia da vida, por estares vivo, por estares de saúde e teres uma nova página por escrever;

- A generosidade do discurso assertivo, de palavras ponderadas, sem rodeios;

- A generosidade de teres sempre tempo para escutar, enrolando um caracol no cabelo ou cruzando os braços na tua característica barriga e dizendo: “hhmmm”, recebendo de forma neutra a mensagem;

O mundo perdeu um grande ser humano, perdeu um poço de generosidade.

Levarei comigo, na caminhada, a tua voz, a tua paz, o teu exemplo, o teu sorriso, a tua generosidade. Tenho a certeza que tornará o percurso muito melhor.

Obrigado por ter feito parte da tua vida e termos partilhado tanto ao longo do caminho.

Até um dia, onde nos encontraremos algures para partilhar uma garrafa de vinho…

2 comentários:

Liliana disse...

Que bonito texto e foto! Beijinho

Unknown disse...

KANIMAMBO!!
KANIMAMBO!!