Não me considero emigrante.
Escolhi viajar por onde o trabalho me leva. Casei com uma coreana, tive uma
filha em Moçambique e baralhei a geografia, sentindo-me em casa onde me sinto
bem. Comecei a escrever a Tertúlia Africana há dez anos porque senti, na
primeira viagem a África, que haveria certamente histórias por contar. Podia
dar por encerrado o blog ao fim de meia dúzia de textos, mas as experiências de
percurso ainda não o permitiram.
Aquilo que podia parecer um “de
repente passaram 10 anos” é um doce testemunho do meu percurso. A Tertúlia
acumula 260 textos, 22 países, um casamento, uma filha e um arquivo de histórias para recordar. No 10º aniversário e sem fazer grandes planos, surgiu a ideia da
publicação de um livro. Há já esforços sérios nesse sentido e novidades estão a
caminho.
Aqui fica um resumo das histórias
que, por várias razões, foram formando o esqueleto da Tertúlia Africana ao longo de 10 anos:
2007


2008
Miss mina.Porque a beleza pode estar num diferente olhar sobre o óbvio.
2009

Despedindo de Beja. Um ano de interregno entre Angola e Moçambique, passado em bom ambiente e com boa gente. O “vírus África” era, no entanto, evidente e o continente mãe continuava a chamar.

Viver no mato. No meio da imensidão de Moçambique lá se vão descobrindo recantos especiais e formas de vida invejáveis. Este é um exemplo.
2010
Maningue nice. Explorando
terrenos linguísticos que, embora não sejam a minha ciência, deram um texto que
nasce duma constatação evidente: as línguas são mutáveis!
Viagem à Zé Tó. Influenciado por quem me incutiu o “vício” das viagens,
nada como uma simbólica viagem para prestar a devida homenagem.
2011
Odisseia do carimbo. Uma história que certamente poderei contar à lareira
por muitos e bons anos. A aventura de baptismo em África da Yumi. Como a
travessia de uma simples fronteira pode ser tão desafiante.
2012

2013
Magia artesanal. Lembro-me que fiz destas esculturas um momento
solene, desde a escolha da madeira até à escolha dos artistas. Dei por mim a
entrevistar vários artesãos e este, o Paulo, encantou-me.
Festival de casamento. Dificilmente acreditei que algum dia casasse, embora
sempre tenha dito: “se alguma vez casar, serão 3 dias de festa!”. E assim foi…
2014

2015

2016
Areia. A
beleza da monotonia.
2017
Mata galo: Brincar com as diferentes culturas.
Bia em Marrocos. A primeira viagem onde a Bia já se apercebeu que
estava a beber outra cultura. E como gostou!